segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sobre o segundo turno das eleições presidenciais

Ano de eleições é sempre a mesma coisa: candidatos mascarados, propagandas mentirosas e muita baixaria entre os que almeijam o tão sonhado cargo. Junto com isso vêm os milhões gastos com marketing, que daí saem aquelas propagandas que parecem trailer dos filmes de Julia Roberts (nada contra), outdoors e aqueles panfletos que emporcalham a cidade e prejudicam a natureza (mesmo o candidato falando de sustentabilidade ambiental).
Quando chega o segundo turno a coisa piora. O nível dos discursos escorre pelo ralo, as propostas ficam em segundo plano, o que deveria ser proibido por lei, e os “militantes” de esquerda e direita defendem seus candidatos como se fossem o seu time de futebol do coração, jurando que se eleitos, os seus candidatos farão algo do que está sendo dito. Não importa se eles renegam a ideologia do seu partido na frente das câmeras ou se vivem embaixo da saia de alguém.
Neste período entre o primeiro e segundo turno a situação fica mais séria para estes partidários torcedores, que ficam tentando te convencer que o seu candidato é melhor que o outro, ou como no futebol, simplesmente tentam depreciar o adversário. Este ano, os Hulligans politizados estão com uma nova ferramenta, os e-mails. Diversas pessoas lotam a caixa de mensagens alheias com textos depreciativos e de baixo calão, na tentativa de te convencer que o adversário é um monstro e que o seu candidato é melhor que o outro, mesmo sem mostrar conhecimento de nenhuma proposta do mesmo.
O voto é algo precioso, e só para lembrar, é secreto também. Em questão de segundos opinamos sobre o rumo que o país tomará não somente em quatro anos, mais por muito mais tempo, e por isso deve ser levado a sério. Portanto, antes de querer convencer alguém sobre em quem votar, pensem em ser coerentes. Não tentem iludir o próximo somente com “pedaladas” e “dribles desconcertantes”, mas sim com algo que realmente dê resultado. Já que no nosso país a grande maioria é fanática por futebol, tentem aprender a mensagem que esse esporte passa e usem-na também na política e cidadania.
Já para os candidatos (que certamente não lerão este texto), pensem como um bom capitão de time e comecem a pensar no coletivo, não somente em lances e jogadas individuais, que talvez assim, o nosso país deslanche de vez.

Paz e conciência!

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